Bom, dando continuidade, vou escrever aqui como o RM efetivamente funciona e porque o ele é tão importante e até mesmo indispensável para se obter uma melhor rentabilidade e consequentemente uma maior lucratividade.
Como foi dito, tudo isso teve início na aviação civil devido à necessidade de se gerenciar o inventário de assentos a fim de determinar a quantidade de assentos a ser vendida a uma determinada tarifa com o objetivo de evitar vender mais assentos a um preço muito baixo do que o necessário e ao mesmo tempo guardar uma quantidade de assentos suficientes para os clientes dispostos a pagar mais caro por eles. Portanto, o bom gerenciamento do inventário pode gerar um aumento significativo na receita e fazer a diferença entre lucro e perda.
Em um ambiente altamente competitivo como o de hoje, muitas empresas estão investindo em melhorar a capacidade de gerenciar a rentabilidade o que é muito bem aceito, pois pode gerar um incremento na receita entre 2% e 8% ou mais dependendo da companhia, do mercado onde atua, da quantidade de rotas, de aeronaves, do sistema de RM utilizado, do perfil das pessoas que trabalham na função de Analista de Yield ou Analista de Revenue, das companhias concorrentes, entre diversos outros fatores.
Desde que eu comecei a trabalhar e a me interessar pelo RM vejo muitas pessoas céticas a respeito destes números. Ainda hoje existem muitas pessoas que acreditam que este aumento na receita é uma ilusão e que na verdade, se há algum retorno, não passa dos 2%.
Na verdade, esta impressão tem um motivo de ser. O que acontece é que para uma implementação efetiva do RM em uma empresa não depende só de sistemas de gerenciamento do inventário, sistemas de pricing e até mesmo analistas bem preparados se não houver o comprometimento da empresa como um todo, principalmente dos altos executivos e completa interação com as áreas voltadas às atividade fim como Vendas, Planejamento de Rotas, Planejamento Estratégico, Pricing, Grupos, Marketing e até mesmo os setores ligados com a operação como aeroportos, coordenação e catering e o que se vê muitas vezes é que isto tudo não acontece. Além disto, mesmo com uma boa interação aparente, a alta administração não tem a visão de RM o que faz com que o setor não tenha autonomia e, consequentemente, não tenha agilidade para tomar decisões que possam ser vitais para a empresa naquele momento.
A pessoa que está à frente do RM tem que ter uma visão e um conhecimento profundo do assunto e completa autonomia para agir e participar das decisões da empresa no que diz respeito ao planejamento de rotas e estratégico bem como estratégias de preços, vendas e marketing.
Em algumas empresas esta pessoa ocupa a posição de diretoria em outras até de vice-presidência para ver a importância que dão ao RM. Nestas situações o aumento da receita pode facilmente passar dos 8% chegando em alguns casos a 12% e até 15%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário